Aquela carta!

Eu nem pensava que tinha que pedir perdão pra ele, mas tenho.
Em que parte de minha memória ficou escondido aquele dia em que ele me ligou contando que o carteiro entregou aquela carta em sua casa (e não no trabalho) e sua esposa pegou e leu?
Provavelmente naquele dia eu chorei, afinal na carta eu dizia que estava sendo impossível viver sem ele (maldito dia aquele em que foi embora!); principalmente eu pedia que acreditasse que não fui eu quem enviou carta anônima pra sua esposa contando sobre nós; falava lá da falta que eu sentia de sua voz, de seu carinho, dos bilhetinhos, dos olhares e até das brigas quando ele ficava possesso.
Ele não leu nada disso, somente hoje eu fiquei sabendo.
Me contou do quanto eles brigaram naquele dia.
Hoje eu sei que ele nunca pensou que eu houvesse armado aquela situação e isso me alivia, mas aquela carta nas mãos dela me assustou.
A ela não posso mais pedir que me perdoe pois já não mais se encontra entre nós e ele já me perdoou, foi o que me disse.
(de Índia para GPG, através do Escrevinhado)

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