Naquele final de semana teríamos muitas coisas para serem vividas a 2. Cinema, dançar, comer aquela pizza que gostávamos! Sexta-feira, 17:00 horas ... 19:00 horas... 21:00 horas. Já não pensava mais na hipótese de ser um atraso. Sábado, o coração apertado, nenhum telefonema. Mais uma semana de silencio, duas semanas e soube notícias dele na minha cidade. Terminar assim, sem uma explicação! Fica uma interrogação no coração: o que eu fiz? Onde errei? As palavras que me foram ditas eram todas mentiras? Passou muito tempo até que as interrogações deram lugar para o esquecimento.
Domingo... Logo cedo uma ligação, a voz dele dizendo que chegaria às 11:00 horas. Fiquei feliz, estava com saudades e receber uma surpresa assim.. O que fazer no almoço? As horas se passaram cheias de emoção até no momento em que ele desceu do ônibus. Almoçamos, tudo normal. Será que estava normal mesmo? Após o almoço saímos. “Sabe porque vim aqui hoje? – saudades? – Não, vim pra te dizer que estou indo embora pra Maputo, meu irmão está precisando de mim, vou trabalhar com ele. Eu te amo, mas não posso mais ficar. – E nós, nossos projetos, nossos planos? – Não posso fazer nada, infelizmente, mas quero que saiba que te amo.”..... Não é necessário descrever o vazio, a vontade de dizer sobre a covardia, sobre a mentira que era o amor que se achava ser grande.
31 de dezembro – O relacionamento não ia bem para ele, já comentava com a família que iria terminar, mas e eu? Não sabia que estava amando sozinha. Estava feliz, especialmente neste final de ano. Apesar da distancia, ainda assim era bom quando nos encontrávamos. Mas naquele dia, último do ano, aquela maldita ligação pela manhã.... “Eu te amo, mas estou ligando para terminar, não dá mais certo e os motivos são tantos, são vários, não sou homem para você...” Eu não podia acreditar, me ama e está me deixando? Que amor era esse? Desmoronou tudo, o que fazer dos nossos planos? O que fazer? Será que existe uma chance ainda? Como lutar? Eu fiquei confusa, triste, sem lugar, esse, sem dúvida, estava sendo o pior final de ano de minha vida (ainda curta, na verdade).
Três histórias reais, me coloquei como protagonista para não ter que citar os nomes dos personagens,, mas o que importa é a pergunta: qual o valor do amor de uma mulher para os homens? Ate que ponto podemos acreditar que “Eu te amo” é um sentimento que possa ser eterno?
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