Sobre meu texto (real) “É, era amor?”, surgiu hoje uma polêmica e com ela uma pergunta me foi feita: - o meu, é amor ou renúncia?
Bem, vejamos os fatos.
Quando a conheci me referiram a ela como sendo uma mulher forte. Claro,ainda jovem passou por muitas tribulações e não se abateu. Entrou em depressão, mas, pasmem, saiu dela!! Engordou bastante, emagreceu, enfim, uma mulher realmente forte.
Conheceu tempos atrás um homem por quem se apaixonou. Ele, com certeza também; fizeram planos, mas nada deu certo. Ele a deixou (por que será que sempre são os homens que deixam as mulheres? Serão mais volúveis?)
Da relação, além de mágoas, brigas, desentendimentos, restou um filho que é criado por ela.
O tempo passou e com ele talvez tenham ido também as mágoas e como todo relacionamento em que há grandes sentimentos, o que resta depois que cada coisa retoma seu lugar, são as boas lembranças. Momentos de prazer, frases que para quem disse talvez nem são lembradas, mas para quem ouviu estão sempre guardadas e relembradas com carinho, talvez até com emoção.
Por motivos alheios à sua vontade, digamos assim, ela tem sempre um certo convívio com ele. Sabe que ele tem namorada, aliás, até o vê com ela, às vezes.
Se quando o relacionamento rompeu ela sofreu, nem por isso deixou sua vida parar, apesar das dificuldades que enfrenta.
Outros relacionamentos vieram para ela. Proposta de casamento. Paixões passageiras.
Namoros que iniciaram mas se perderam no caminho. Nenhum deles conseguiu preencher seu coração. Esperança? Creio eu que não. Amor? Talvez.
Hoje, após ler aquele texto, ela me perguntou: e o meu, o que é a seu ver, amor ou renúncia?
Como disse GPG para Índia naquela definição sobre o amor, “se amar for gostar da pessoa do mais fundo do coração, for desejar sempre o bem pra essa pessoa, for querer estar sempre junto a ela mesmo que só por um momento, então posso dizer sem sombras de dúvidas que eu te amo”. Uma definição simples, mas que resume todo o sentimento.
Partindo do principio “gepegeneano” poderia eu responder que é sim, amor.
Contudo outra opção seria renúncia.
Não concordo totalmente com a definição de Aurélio sobre renúncia, acho-a muito fria..
Renunciar, a meu ver, é “desistir” de alguma coisa em benefício de uma maior e não simplesmente rejeitar, recusar, desistir de. Esse “benefício maior” pode ser até um sorriso. Não é desistindo de fazer algo que o outro não gosta (seja companheiro, pai, etc) que nos tornamos ou levamos a felicidade a outrem, e sim optando por deixar de fazer em benefício do relacionamento, sem cobrar por isso depois. É por exemplo tentar gostar do que o outro gosta, deixando de lado o orgulho, para fazerem juntos depois, extraindo disso um prazer. E por aí afora.
Se ela desistiu de lutar por ele, deve ter sido em benefício da própria tranqüilidade e também da dele. Foi desistindo de “algo menor” em benefício de outra maior.
Amor ou renúncia? Não sei se relacionamentos “abortados”, mal resolvidos, continuam com o passar do tempo sendo amor. Mais fácil ser uma “pedra no caminho” impedindo de abrir o coração e deixar “a luz do sol entrar”.
Portanto, ao meu ver, é renúncia sim, não ao amor, não ao desejo de lutar para ter o homem amado, e sim renúncia a esquecer um passado em benefício de uma coisa maior que é a própria felicidade, poder encontrar outro amor até maior que o que ela tem (ou pensa que tem), que ele teve (ou pensa que teve). Entendeu?? Entenderam??
Um comentário:
As pessoas ficam equivocadas, ela acha que renunciou a um amor, mas na verdade foi o que vc disse, ela renunciou, ou melhor fechou para algo novo. Talvez seja consequencias do que aconteceu, medo de passar algo parecido, analizando bem eu diria que acabou sendo um comodismo da parte dela. Nao se entregar ao novo pra evitar algo que nao sabe se acontecerá, por isso lança mao do comodismo e fica quieta com o que conhece, acredita nesse amor, q como vc mesma disse nem tem. Ah se eu conhecesse essa pessoa, apos ler esse texto seu eu tentaria mudar os conceitos dela.... e como tentaria .. rsrs
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